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Anunciantes, preparem-se: Google utilizará IA generativa em seus anúncios

Empresa informou que implementará inteligência artificial no sistema de gerenciamento de anúncios. Ferramenta será capaz de criar conteúdos

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Desde que a Microsoft e a OpenAI chacoalharam o setor tecnológico com a implementação do ChatGPT, as big techs concorrentes estão acelerando o processo de desenvolvimento de novas inteligências artificiais.

O Google, claro, é uma delas. A companhia entrou na corrida e pretende adotar IAs generativas nos serviços e produtos oferecidos, até mesmo na geração de campanhas publicitárias.

Conforme o jornal Financial Times, a empresa revelou, recentemente, para anunciantes que começará a utilizar inteligência artificial, nos próximos meses. A ferramenta será capaz de criar anúncios digitais, com conteúdo e formato baseados em materiais criados por profissionais de marketing.

Objetivo maior

A IA será do modelo generativo, ou seja, que responde e atende a uma demanda do usuário, gerando um conteúdo específico.

A ideia é que ela atue na criação das campanhas como se fosse uma agência, adaptando vídeos, textos e fotos fornecidos pelo usuário (anunciante).

Todo o conteúdo gerado será desenvolvido e pensado visando o objetivo maior, que é alcançar o público desejado e bater as metas de venda.

Inteligência Artificial nos produtos Google

As informações divulgadas pelo Financial Times revelam que a intenção do Google é implementar os recursos de IA no programa Performance Max, utilizado desde 2020 para gerenciar anúncios digitais.

O produto já utiliza algoritmo e aprendizado de máquina para controlar gastos e traçar estratégicas conforme as campanhas publicitárias. A chegada da inteligência artificial impactará na experiência do usuário.

Se antes era o próprio anunciante quem definia o conteúdo, redigindo o texto e fornecendo as imagens, agora a própria IA fará o serviço, “remixando” e adaptando o material entregue por ele.

Desconforto e desconfiança

Nem todos os anunciantes, no entanto, receberam a notícia com satisfação. Uma das pessoas entrevistadas na reportagem se disse preocupada com a implementação da ferramenta, pois IAs generativas ainda produzem muitas respostas erradas e enviesadas.

O Google rebateu esse sentimento, alegando que trabalha para criar um sistema seguro e capaz de prevenir erros. Na prática, porém, o que se revelou sobre a companhia e o desenvolvimento de inteligência artificial, nos últimos meses, não foi nada animador.

Fracasso

Em março, o lançamento do Bard, rival direto do ChatGPT, foi considerado um fracasso. A ferramenta criada pela empresa ficou marcada pelo cometimento de erros factuais logo na primeira demonstração pública.

Internamente, funcionários alertaram sobre a necessidade de um tempo maior para aprimorar o chatbot, antes de apresentá-lo ao mercado, mas o Google ignorou os alertas e acelerou o lançamento para não ficar para trás e entrar em conflito o concorrente.

Não bastasse toda essa situação com o Bard, a empresa se vê, ainda, pressionada, inclusive no que diz respeito ao mercado digital de anúncios e publicidades.

A Meta, proprietária do Instagram, Facebook e WhatsApp, lançou em 2022 um programa semelhante ao Performance Max, chamado Advantage+, e também planeja a implementação de inteligência artificial generativa no sistema ainda este ano.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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