Economia
Congresso revoga aumento do IOF e restaura alíquotas anteriores; veja como fica
Revogação do aumento do IOF pelo Congresso restabelece alíquotas anteriores, impactando câmbio e crédito para empresas.
O Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram a anulação do decreto que havia aumentado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), revertendo a decisão do governo federal. A decisão foi anunciada no dia 25 de junho.
Isso significa que as alíquotas aplicadas em operações de câmbio, uso de cartões internacionais e crédito para empresas voltam a ser as anteriores.
A proposta já tinha sido aprovada pela Câmara e, no Senado, passou por uma votação simbólica, dispensando a sanção presidencial. A medida causou surpresa até entre os aliados do governo, revelando um crescente descontentamento do Congresso com o Executivo, refletindo tensões políticas recentes.
Enquanto isso, os mercados globais continuam observando atentamente as movimentações internacionais, como a possibilidade de um cessar-fogo no conflito entre Israel e Irã, e mudanças na liderança do Federal Reserve dos EUA, que podem impactar as taxas de juros globais e o valor do dólar.
Impacto nas alíquotas do IOF
Com a revogação, as alíquotas impostas desde 22 de maio, recalibradas em 11 de junho, perdem a validade. As plataformas de câmbio precisarão ajustar suas cobranças. Veja abaixo como ficam as taxas após a decisão:
Operação | Durante decreto do governo | Após a derrubada |
---|---|---|
Cartões internacionais | 3,5% | 3,38% |
Remessa para conta no exterior (gastos pessoais) | 3,5% | 1,1% |
Remessa para conta no exterior (investimentos) | 1,1% (após recuo) | 0,38% |
Compra de moeda estrangeira em espécie | 3,5% | 1,1% |
Empréstimos de curto prazo | 3,5% | 0% |
Crédito para empresas (PJ) | 0,38% + 0,0082% ao dia | 0,38% + 0,0041% ao dia |
Crédito para empresas do Simples Nacional | 0,38% + 0,00274% ao dia (1,38% ao ano) | 0,38% + 0,00137% ao dia (0,88% ao ano) |
Crédito para MEI | 0,38% + 0,00274% ao dia (1,38% ao ano) | 0,38% + 0,00137% ao dia (0,88% ao ano) |
Operações de risco sacado | 0,0082% ao dia (sem fixa) | Isento |
Aportes em VGBL e similares (2025) | 5% sobre excedente a R$ 300 mil | Isento |
Aportes em VGBL e similares (2026) | 5% sobre excedente a R$ 600 mil | Isento |
Desafios fiscais para o governo
O governo federal planejava arrecadar R$ 10 bilhões com o aumento do IOF em 2025. Contudo, a revogação representa um novo obstáculo para a equipe econômica.
A administração sustenta que a redução de gastos afetaria programas sociais, como o Bolsa Família.
O ministro Fernando Haddad sugeriu três possibilidades: contestar judicialmente a anulação do decreto, aumentar o contingenciamento de recursos em áreas como educação e saúde ou taxar dividendos. No entanto, a relação com o Congresso encontra-se fragilizada, tornando as negociações desafiadoras.

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